domingo, 10 de fevereiro de 2008


O termo Hospitalidade, segundo Dias (2002, p.98), tem sua origem na expressão latina hospitalitas-atis, que poderia ser entendida, então, como um “complexo arranjo de relações entre as pessoas com a intenção de receber, acolher, ser afável, cortês, generoso”. Já Grinover (in Dias, 2002, p.27) acusa que a palavra possa derivar de outra expressão latina, hospitalis, a qual, na Europa do século XIII, “designava a hospedagem gratuita e a atitude caridosa oferecidas aos indigentes e aos viajantes acolhidos nos conventos, hospícios e hospitais”.
Vêem-se, claramente, os conceitos de benevolência e de caridade embutidos nesse ato de receber os necessitados. E será que todos nós não estamos “necessitados” de afeto, de atenções e de gentilezas? Será que ao viajar não necessitamos de um conjunto de esforços de outras pessoas para que a viagem nos contemple com seus melhores resultados?
Outra palavra que pode ser acometida de associação com Hospitalidade é cuidado. Boff (1999) comenta que a palavra ‘cuidado’ é vista sobre diferentes olhares, verificando que alguns autores, como Heidegger (1989), determinam que a palavra latina cura, a qual em sua versão mais antiga era escrita coera, expressava uma atitude de desvelo, de preocupação pela pessoa admirada ou por um objeto. Seguindo o padrão etimológico e filológico, Boff (1999, p. 91) diz que outros autores ainda acreditam que a palavra ‘cuidado’ derive do latim “cogitare-cogitatus, e das suas corruptelas coeydar, coidar, cuidar”.
Analisando ainda as expressões latinas, verificamos que, curiosamente, a palavra agressão, em português, é usada de maneira a revelar uma violência contra outra pessoa, enquanto, a expressão do latim agredior, de onde ‘agressão’ é originária, quer significar ‘trazer para perto’, e em alguns contextos, cuidar.
Porém, quero sugerir que para contribuir com uma visão mais fraternal do conceito e seus significados múltiplos, gostaria de lembrar que duas palavras gregas poderiam ser usadas pelos estudos turísticos a fim de revelar uma outra dimensão mais profunda para Hospitalidade. A dimensão do Amor.
A palavra grega xenos quer significar ‘estranho’, ‘diferente de mim’. Na língua portuguesa, utilizamos a expressão xenofobia, na verdade um hibridismo de duas palavras gregas, para a qual damos o significado de aversão a estranhos. Seguindo a mesma raiz, acredito que quando usamos a palavra ‘filho’ (originária de Phylus), nos remetemos a alguém por quem se dedicam todos os cuidados, zelos, atenções, e porque não dizer, amores.
Ocorre que a palavra grega Phylus, pode ser entendida como ‘amor’. O que quero coincidir aqui, no começo de nosso estudo, é que muito possivelmente, a Hospitalidade possa ser concebida como Amor ao Estranho, ou ainda xenophylus. Poste seu comentário. Abraço, Prof.Therbio Felipe

18 comentários:

Anônimo disse...

Prezados Colegas e Professores.

Através do comentário do professor Therbio, passei a prestar mais atenção nas palavras, e percebi o quanto elas estão carregadas de significados, e através das palavras originárias surgem outras com significados parecidos ou não.
Pesquisando mais sobre o assunto encontrei no livro HOSPITALIDADE de Camargo o esclarecimento para tudo que os demais autores comentaram.
Hospitalidade é o ato de receber que é o acolher, abrigar que pode ser também o calor humano, alimentar que conjuntamente com ele vem o valor, o significado que tem o alimento para o anfitrião, e passando o mesmo para a pessoa que esta recebendo este alimento. (CAMARGO, 2004)
Concluindo a hospitalidade pode ser entendida como doar-se, dar o melhor de si, para agradar o outro, ou seja se entregar em prol do outro.
Com a vida corrida e estressante do dia – dia onde tudo é tão frio, automático, ou com pouco contato, calor humano, as pessoas estão deslocando-se seja para qualquer meio de hospedagem ou para casa de amigos ou parentes, em busca do acolhimento e calor humano.

Referência.

Camargo. Luiz Octávio de Lima
Hospitalidade / Luiz Octávio de Lima Camargo- São Paulo:
Aleph, 2004 -( Coleção ABC do Turismo)

Camila Rosa de Melo

Unknown disse...

A hospitalidade é entendida por diferentes formas pelos estudiosos, mas os resultados finais que ela tentar buscar parece ser sempre os mesmos, que é receber bem para ser recebido bem, o que faz com que a relação entre as pessoas seja de “interesse”, para não quebrar o vinculo do dar, receber e retribuir. Interesse esse que faz com que um turista tenha vontade de conhecer uma cultura inca, por exemplo, e que o interesse da comunidade em tratá-lo bem é de tornar a recebê-lo, ou de indicar a um amigo, ou para que a visita seja mais interessante. Por isso as respostas são sim, para as duas perguntas do primeiro parágrafo, pois é claro que estamos necessitados de afeto, atenções e gentilezas; e que também as pessoas devem se esforçar e darem tudo de si para receber alguém, as coisas ficam mais legais e interessantes e o vínculo fica cada vez mais difícil de ser quebrado.
E ai vêm os autores, associando palavras, principalmente de origem latina, com a hospitalidade, e voltando aos seus primeiros significados, de onde se tira também muitas idéias em relação a hospitalidade.
Estudantes de turismo têm que saber discutir sobre hospitalidade, porque é necessário não só para receber turistas, mas em toda nossa vida social, e para não desmanchar o vínculo do dar, receber e retribuir.
Agora é claro que algumas pessoas não tem hospitabilidade, que é a capacidade para receber, e isso pode variar conforme a cultura e o talento de cada.
Então para nós, estudantes de turismo, cabe a nós capacitarmos, tanto teoricamente como na prática, e apaixonar pelo outro, ou pelo acontecer do outro (cognoscibilidade) e, como diz a palavra xenophylus (amor ao estranho).
Pablo Daniel Dias

Prof º Therbio Felipe Moraes Cezar disse...

Prezados companheiros de trabalho. Fico feliz pelo início de postagens com tão bom nível. Parece-me que estamos começando a "acolher" esta necessidade de aprofundamento e, assim, buscarmos juntos o complemento para nossa jornada pelo "outro" turismo que almejamos.
Sucesso, inspiração e paz pelo Turismo.
Abraço
Prof. Therbio Felipe

Anônimo disse...

Acredito que somos todos sim necessitados do acolhimento do próximo, ninguém consegue ser sozinho, ou viver apenas de favores, devemos possuir também o dom da humanidade, sermos sempre acolhedores, ser afáveis, cortês, generosos e sabermos recebr como diz Já Grinover , juntamento com o significado de hospitalis, que é a hospedagem gratuita e a atitude caridosa oferecidas aos indigentes e aos viajantes acolhidos nos conventos, hospícios e hospitais.
Concordo com Leonardo Boff quando diz sobre o cuidado, que ser hospitaleiro também significa cuidar,mas devemos ser mais uqe apenas hospiltaleiros, devemos ser hospedeiros e pensarmos realmente na pessoa, não só em trata-la bem momentaneamente, mas pensarmos como ela realmente se sente, permitindo que o outro nos habite.
Algumas palavras existem significados diferentes do português para o latim, como a palavra agressão, que em português significa violência, e em latim dignifica trazer para perto, cuidar.
Portanto, temos muito a aprender com as palavras e seus diversos significados, com fusões e junções surgem novas palavras “ grávidas de significados” .

FERNANDA

Anônimo disse...

Cada estudioso define o termo hospitalidade de uma forma. Para nós turismólogos, é importante saber como é definido hospitalidade por todos esses estudiosos, porque cada um deles dá um significado muito interessante para a hospitalidade, o que nos acrescenta muito na nossa profissão. Na Europa há muito séculos atrás, as pessoas ofereciam hospedagem gratuita e atitude caridosa aos indigentes e viajantes doentes. Nos dias de hoje, as pessoas são pagas para serem hospitaleiras, apesar de que, a maioria desses profissionais são assim por amor às pessoas e à profissão, e não somente pela exigência do trabalho. Eu concordo com o Pablo quando ele diz que “a hospitalidade é entendida por diferentes formas pelos estudiosos, mas os resultados finais que ela tentar buscar, parece ser sempre os mesmos, que é receber bem para ser recebido bem, o que faz com que a relação entre as pessoas seja de ‘interesse’, para não quebrar o vinculo do dar, receber e retribuir,” pois, as pessoas necessitam de ser bem tratadas, necessitam de atenção, e se essa necessidade delas for atendida, com certeza esse vinculo nunca será quebrado. E se nós, estudantes turismologos, também agirmos assim com os turistas, teremos excelentes resultados, pois com certeza resultará no retorno desse turista ao local e a indicação do mesmo à amigos. Se desde agora nos empenharmos em melhorar nossa hospitalidade, e nos capacitar para tentar conhecer cada vez mais o acontecer do outro (cognoscibilidade), quando começarmos a trabalhar na área, estaremos aptos para atender os turistas e tratá-los bem. É essencial que todas as pessoas sejam hospitaleiras sem nenhum interesse, independente de estar trabalhando ou não, principalmente nós turismólogos, pois devemos ser exemplares, e tratar as pessoas com atenção e gentileza em qualquer situação do dia-a-dia.

Prof º Therbio Felipe Moraes Cezar disse...

Prezados alunos...gostei muito dos comentários anteriores porque neles foi possível verificar a incidência de novas relações entre a hospitalidade e o turismo, como a cognoscibilidade, por exemplo. Interessante foi verificar a palavra "interesse" na postagem da colega Kézia...como veremos a seguir em sala de aula, existe sempre um interesse e um sacrifício implícitos em todo dom ou dádiva. Estou aguardando novas postagens dos colegas que ainda não o fizeram. Sucesso, inspiração e paz pelo Turismo.
Fraterno abraço

Prof. Therbio Felipe

Anônimo disse...

Se nota pelo Texto do Professor Therbio que vários autores afirmam que a palavra Hospitalidade tem sua origem em uma expressão ou palavra latina. Algumas dessas ao se traduzirem para o português se mantiveram com o significado de sua origem porem outras mudaram completamente seu significado como a palavra do latim agredior, de onde ‘agressão’ é originária, quer significar ‘trazer para perto’, e em alguns contextos, cuidar. Também no caso da palavra latina cura que vem de coera que significa atitude de desvelo, de preocupação pela pessoa admirada ou por um objeto acho que tem muito haver, pois se hoje a palavra cura para nos significa curar de algo geralmente relacionado à saúde. Então se alguém estiver precisando de “cura” quer dizer que sua saúde não está boa. E no caso quem gosta dessa pessoa estará preocupada com sua saúde que seria o mesmo do seu significado de origem “preocupação pela pessoa admirada”.
Quanto ao derivar de palavras gregas concordo, com amor sempre será hospitaleiro.
Os autores citados não concordam com a origem da palavra hospitalidade e de qual palavra ela se deriva. Mas analisando bem o texto percebe-se que todos dão o mesmo valor a palavra hospitalidade só que cada um de sua forma.

“Complexo arranjo de relações entre as pessoas com a intenção de receber, acolher, ser afável, cortês, generoso”
“Designava a hospedagem gratuita e a atitude caridosa oferecidas aos indigentes e aos viajantes acolhidos nos conventos, hospícios e hospitais”.
“Expressava uma atitude de desvelo, de preocupação pela pessoa admirada ou por um objeto.”
“Cuidar”
“Trazer para perto”
“Ser concebida como Amor ao Estranho”
Todos citam hospitalidade como ter um cuidado especial por quem se hospeda, por quem se acolhe.
Sendo assim nos futuros Bacharéis de Turismo temos que olhar o Turista o viajante e mesmo qualquer pessoal que nos procure como Turismólogo com bastante atenção, pois ser hospitaleiro em nossa área é obrigação.
Rodrigo Campos de Carvalho

Anônimo disse...

Partindo do pressuposto que o ser humano é um ser social e que assim sendo necessita contribuir e se sentir contribuído por esse complexo sistema de ações e reações cíclicas que é o nosso convivo social, fica fácil perceber a fragilidade da nossa sociedade atual, baseada em um modelo individualista e consumista, onde nossas relações de fraternidade e humanidade estão cada dia mais raras de se encontrar.
Afeto, atenções e gentilezas são ações cada vez mais escassas, principalmente nos grandes centros urbanos, onde as pessoas são tratadas como unidades de produção e não como seres humanos, como deveriam ser. Mas se trouxermos essa analise um pouco mais próxima do binômio Hospitalidade-Turismo, iremos ver o quanto a Hospitalidade é importante para nossa área, já que o homem, como animal que é, se torna mais frágil e necessitado afeto quanto se encontra em território estranho, é nesse momento que nós é permitido analisar de perto a tão discutida hospitalitas-atis em sua verdadeira essência, que para muitos não passa apenas de um ato cortês e generoso onde o ser humano exerce seus hábitos mais instintivos da sua consciência coletiva, mas que para aqueles que possuem um olhar científico, ou pelo menos deveriam ter sensibilidade para tal, se torna unificadora do mundo e exerce papel primordial como missionária da paz.
Difundir o quanto é simples, porém extremamente importante, a capacidade de apreciar o próximo, de amar ao estranho (xenophylus), tão difundida pelo fenômeno do Turismo é meta essencial para os estudiosas da área... Não deixar que outro lado da vertente Hospitalidade, a Hostilidade, se torne rotineira é meta de qualquer ser humano.

É preciso agir
(Bertolt Brecht)

Primeiro levaram os negros,
Mas não me importei com isso. Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas não me importei com isso. Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis,
Mas não me importei com isso, porque eu não sou miserável.
Depois agarraram alguns desempregados,
Mas como eu tenho um emprego, também não me importei.
Agora... Agora estão me levando.
Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo.

Bruno Araújo

Unknown disse...

Jenifer

A hospitalidade é essencialmente humana, todos nós de certa maneira somos ou tentamos ser hospitaleiros, sempre que recebemos algo como um presente, uma visita, se estabelece uma aliança que é o dar, receber e retribuir.
O homem é um ser social, por isso desde o seu nascimento tem a necessidade de contato com o outro.
Para mim hospitalidade é você dar o melhor de si para o outro, é permitir se transformar em função da troca de dar e receber, e ao se transformar você se torna hospedeiro, você leva um pouco do outro e dá um pouco de si.
Para nós estudantes de turismo é interessante que nos preparemos pra ter hospitabilidade (técnica) e tenhamos cognoscibilidade para entender o acontecer do outro e respeitar este acontecer e para sermos mais que hospitaleiros sejamos hospedeiros em tudo não só no turismo como na nossa vida cotidiana.

Unknown disse...

Prezados Colegas,

Apesar de o primeiro post evidenciar o The Palace, em Sun City, África do Sul, para que a partir daquela idéia pudéssemos argumentar sobre hospitalidade, hotelaria e suas associações, tanto pesquisadas quanto evidenciadas pelo raciocínio empírico, a tendência dominante de nosso debate foi "signos e significados", agregados à comunicação humana desde que o mundo é mundo e desde que o homem se apercebeu de que podia formular e compartilhar sentidos, dos mais diversos.
Prof. Therbio, em sua preciosa e complexa teia de conhecimentos e associações, trás a nós a possibilidade de refletir sobre temas provavelmente impensados, principalmente por serem desconhecidos, mas que a partir do momento em que faz-se luz em terrenos trevos até então, não se justifica mais o apego ao velho e confortável hábito de IGNORAR o saber, IGNORAR o pensar, IGNORAR o sentido de viver, COMO HUMANO, ser social, agrupado, compartilhado e profundamente necessitado de SENTIDO, desde o primeiro até o último de nós que nessa terra pisar.
EXISTIR implica em sentido! Ser um bebê trás os primeiros sentidos das relações humanas e sua natureza, onde a compaixão da natureza faz sobreviver um ser desprovido de aptidões para ser sozinho e que deveria aprender, desde seu mais ínfimo instante, que A EXISTÊNCIA é inerente ao amor de uns pelos outros, que aqui desembarcam, e que só continuamos a existir em função desse amor, pois nem uma semana de vida teríamos sem o "cuidado" de um terceiro... sendo esse "terceiro", a figura da MÃE! A Grande Mãe de todos, tanto a nossa Terra quanto a nossa Maria pessoal, que cede seu ventre, seu leite, seu tempo e seu amor para que possamos permanecer vivos e aptos a compreender que SÓ POR ESSE AMOR permanecemos existindo!
Colegas, tanto a natureza da existência humana, quanto o sentido agregado à comunicação humana são de suma importância como pré-requisito não só para o profissionalismo, mas FUNDAMENTALMENTE para a PERMANÊNCIA da vida sobre este planeta.
De onde vem os sentidos das nossas "banalizadas" palavras? Quais são suas raízes e até que ponto compreendemos ou desconhecemos o que tão naturalmente dizemos de manhã, de tarde, de noite... quais as nossas batalhas por direitos e deveres, embasados em PALAVRAS sem alma? A ALMA de cada palavra deveria ser amada por cada um que a pronuncia, buscando em suas raízes o PORQUÊ de elas existirem e o que nossos antepassados e até hoje queremos dizer ao usar os "signos e significados"...
No mais, o que poderia dizer seria redundante com as idéias já expostas pelos colegas e trazidas a raciocínio comum. Fica então a reflexão da nossa existência enquanto homens e todos os sentidos agregados a ela como a "idéia de que em cada semente se encontra toda a árvore", então buscando em cada homem o sentido do TODO, nenhum de nós se admiraria em encontrar na vida o mesmo sentido de nossos "pequenos detalhes".
Indo para o post de trabalho... hospitalidade e hotelaria...

Karina Arantes

Anônimo disse...

Muito ou quase tudo já foi dito sôbre Hospitalidade.
Achei o comentário do Bruno muito interessante quando êle nos fala sôbre o distanciamento do ser humano principalmente nas grandes cidades.No afã de se conseguir vencer neste sistema capitalista insano, as pessoas vivem em eterno conflito de relacionamentos.Carentes de afetos, de gentilezas.
Vejo a Hospitalidade não só ligada ao turismo, mas acima de tudo no nosso dia a dia.
Como é bom ser bem recebido, como é bom receber amigos, pessoas que às vezes nem ainda o conhecemos bem; que poderão ser novos e bons companheiros.
A Hospitalidade é um ato de acolher, abrigar pessoas, de lhes dar calor humano.
Tive a oportunidade de viajar estes dias para o sul, e pude constatar a boa acolhida aos turistas que ali chegavam.
Vi um povo hospitaleiro, gentil, e com um sentimento de cidadania a sua terra, suas raízes, culturas.
A hospitalidade é um ato de amor, é entregar-se ao outro com sentimento de gratidão por voçe estar ali o recebendo.
E ao visitarmos um local turístico, a nossa boa acolhida será com certeza ponto de referência para outros visitantes, pois a nossa pontuação será valorizada.
Que sejamos bons profissionais no nosso trabalho, na nossa vida e acima de tudo tenhamos hospitalidade sendo hospitaleiros.

A. Terezinha de melo Batista
12/03/08

Anônimo disse...

A hospitalidade é um conceito que acompanha a vida da humanidade desde quando essa surgiu, pois não viveríamos em sociedade desde nossa existência se a hospitalidade não se fizesse presente.
A hospitalidade é essência para a vida. O acolhimento afetuoso que recebemos e que damos a alguém, receber um "Bom dia!", um olhar significativo, um sorriso, um aperto de mão, uma visita... Essas trocas de experiências, contatos, a generosidade que se pratica, essa aliança que estabelecemos com o outro nesses simples atos é o que dão sentido à nossa existência.
Diante todas as definições bem colocadas pelos nossos colegas sobre a hospitalidade, vou relacioná-la de outra maneira, a hospitalidade com o amor, inclinação da alma e do coração. Enquanto pensava sobre a hospitalidade, escutei uma música com um trecho que me chamou a atenção: “Só o amor pode nos fazer feliz”, sem amor não há hospitalidade, sem hospitalidade não há amor; e não falo daquele amor que constrói a relação de um casal, falo do amor ao próximo, aquele que nos falam a respeito desde a infância, amor a esse outro quando quer fazer parte da nossa vida, também queremos que ele faça.
Através dessa definição, digo que nós futuros turismólogos, indireta ou diretamente, somos movidos por esse amor, pois o que fazemos é para a felicidade do outro, para satisfazê-lo. E ao terminar o curso não seremos formados apenas como profissionais, mas também como pessoas, verdadeiros hospitaleiros. Pelo menos é o que se espera!

Verônica Almeida

Anônimo disse...

Hospitalidade = Amor. Assim resumido e definido pelo professor Thérbio.
Acho que nós aprendemos sobre a hospitalidade, meio que sem querer, desde cedo, desde de criança quando temos que receber visitas em casa e dar toda a atenção, carinho, "doar ou emprestar" sua cama para a visita, dar amor, ser hospitaleiro.
Hoje em dia na Universidade, aprendemos mais sobre a Hospitalidade com a parte teórica, com mais aprofundamento, conceitos variados de cada um. Aprendemos também com a prática em visitas, trabalhos. A hospitalidade na Minha opinião vem de cada um mesmo, cada um com seu jeito, mas nós futuros turismólogos, futuros hoteleiros ou não devemos ter hospitalidade dentro de nós para doarmos tudo aquilo que o Thérbio citou: carinho, respeito, atenção, cuidado, amor, sem querer algo em troca, somente doar para você ser bom, ser ótimo tanto profissionalmente quanto para atingir sua satisfação pessoal, mesmo que não façam igual pela gente.

Anônimo disse...

Os atos: dar, receber e retribuir sempre foram entendidos pela minha pessoa como uma lei universal em tudo que fazemos na vida.
Nunca me aprofundei nas origens das palavras, mas sempre as vivenciei intensamente.
Estou com dificuldades nas palavras, pois passá-las da prática para teoria não é fácil.
Tive várias oportunidades de ser uma pessoa hospitaleira em minha casa.Por isso o cuidado ao escrever aqui.
Como estudante de turismo hoje,vejo muita amplitude nos conceitos e tento abrir minha cabeça a isso.
Quando ví o que a Jenifer escreveu sobre hospitalidade, foi o que mais me identifiquei,pois a experiência já me deixou marcas reais deste conceito.
Concordo plenamente com Camargo a respeito das leis de dar- receber e retribuir:
A dádiva de receber desencadeia o processo de hospitalidade,reforçando o vínculo social que é o maior desafio do ser humano: a convivência. Ninguém vive só. Se aí está implícito o sacrifício, quando já nos tornamos hospedeiros,enxergamos como sacro-ofício, que entendo como "ofício sagrado"que é abrir mão do seu dia a dia para para receber as pessoas que já deixaram de si em nós e aqueles que ainda vão deixar, dentro de uma gama de interesses, desde crescimento pessoal até reconhecimento profissional.
O dom é relativo. Pra mim que fui hospedada e hospitaleira acho que é essa relação de diferentes costumes que nos torna hospedeiros. E de qualquer forma o dom é recebido, talvez não aceitado, mas sempre recebido. A hospitalidade é sempre assimétrica e isto, pode sim, se tornar uma situação de inferioridade diante do doador.
Reforçando a observação final de Camargo: "...a retribuição da dádiva não encerra o processo de hospitalidade humana".
Bernadete

Anônimo disse...

"O exercício da hospitalidade é uma retomada do simbólico."
Anne Gotman

Engraçado como tudo aquilo que aprendemos em nossa infância vai se perdendo em nosso dia a dia, até aquela simplicidade caracteristica do interiorano se perde quando o mesmo chega na "cidade grande". Acredito que seja essa simbologia e simplicidade do "tratar" antigo que "Anne Gotman" nos faz querer remeter em sua frase, aquele jeito simples, gostoso, amigo, carismático e principalmente natural do "tratar" as pessoas. Acredito que essa seja a essência da hospitalidade que todos buscamos ao visitar um local, qual será aquele jeito característico regional do tratar as pessoas, os turistas, os amigos.

Leo Melo

Anônimo disse...

Como já mencionei em outra oportunidade e revendo os comentários de colegas, o que posso é concordar com todos, principalmente parabenizar ao nosso professor Thérbio pela excelência de blog. Está bem articulado e com certeza faremos com louvor o fundamento de Hospitalidade, com mencionou muito bem Barnadete, ao dizer que receber é uma dádiva desencadeando o processo de hospitalidade; reforçando o vínculo social da boa convivência. Ninguém vive isolado.
Que todos nós futuros turismológos tenhamos hospitalidade sendo hospitaleiros.
A. Terezinha de melo Batista
31/05/08

Anônimo disse...

Para alguns autores ser hospitaleiro é receber,servir,alimentar,oferecer algo para beber e um lugar para dormir.Antigamente o termo hospitalidade também significava proteção, o anfitrião tinha a obrigação de proteger o hóspede.
Na minha visão hospitalidade além de ser tudo isso que foi citado, acima de tudo é acolher bem,servir-se de coração sem esperar nada em troca,mesmo que haja um interesse que não esteja implícito,por trás disso.O ato de dar implica em uma retribuição,o que mantém um vínculo entre os indivíduos, como escreveu Marcel Mauss é dar,receber e retribuir.
Ou seja, hospitalidade é sacrificar-se em prol do outro,que pode ser um desconhecido ou até mesmo seu inimigo,mas enquanto houver esta aliança de hospitalidade o anfitrião deve ser não só hospitaleiro,mas também hospedeiro do visitante.


Karen Abatti

Anônimo disse...

hospitalidade não é so tratar bem para as pessoas. È o ato de dar receber e retribuir, é uma dadiva é se dar para o outro. No meu ponto de vista ser hospitaleiro é um dom que todas as pessos nascem com ele mas poucos coloca em pratica ser hospedeiro é uma "arte" que pouquissimas pessoas consegue essa dadiva.O professor Therbio nos disse uma coisa sobre ser hospedeiro em sala que nunca me esquecerei "O maior exemplo de epedeiro, é a mãe que se doa para o filho sem pedir nada em troca".
Para nos estudantes de turismo é muito importante saber não so ser hospitaleiros mas também hospedeiros, pois é isso que faz atrair cada vez mais turistas e que os fazem se sentirem satisfeito e surpreendidos com o local e com o servço. pois com a vida cada dia mais corrida não da tempo para sentir o calor humano das pessoas que o serca e alem do atrativo do local visitado eles ta´mbém procuram sentir o calor humano.
Viviane